HONRA AO MÉRITOMelhores Profissionais

ANTÔNIO APARECIDO DOS SANTOS – SOLUÇÕES EM PROJETOS

“Nunca foi Sorte”

Por: Antônio Aparecido dos Santos

A minha história começa aos 16 anos como entregador de água mineral no centro da cidade para o Maurício Resende Lacerda, irmão do Camilo da Cláudia, filho do Senhor Kito Bié e diante disso eu comecei a conviver com muitas pessoas no centro da cidade, naquela época eu fazia o ensino médio.

Eu sempre tive muita facilidade para desenho, até por ser artista plástico.
Conto hoje com mais de 300 telas pintadas.

Logo que eu comecei a trabalhar na prefeitura no setor de cadastro do município me foi entregue a tarefa de fazer as quadras do município, só que eu fazia manual, e existe um programa para isso, um software. Até que me foi apresentado este programa e eu, autodidata fui estudando sozinho e aprendendo para desenvolver melhor o meu trabalho.

Até que me despertou aquela curiosidade e eu fui me aprimorando no software, na época fui pegando serviço de projetista para os engenheiros da cidade, o Manuel Bahia, inclusive, ele foi um propulsor na minha carreira, com ensinamento e aprendizado, me ajudou muito. Depois de formado eu ainda fiquei com ele uns dois anos até montar o meu próprio escritório.
De forma que antes mesmo de entrar para a faculdade eu já projetava, eu entrei para a faculdade em Junho de 2008 e me formei em 2012.

Quando eu fui para a faculdade a minha expectativa era de estudar uns três meses, o que eu tinha condição para pagar, porque faculdade particular sempre foi muito cara. O conhecimento em geral requer tempo e dinheiro.
Nesta época eu saia da prefeitura as 17hs, pegava o ônibus ia para a faculdade, chegava meia noite, meia noite e quinze em casa. Trabalhava desenhando alguns projetos até de madrugada para entregar para aos engenheiros no dia seguinte e seguia a mesma rotina, de segunda a segunda.
Foi com esta renda extra do meu trabalho na madrugada que eu fui conseguindo pagar a faculdade. Aí as coisas foram ficando mais fáceis, tanto que nos dois últimos períodos da faculdade a mensalidade já não pesava tanto.


Eu comecei a desenhar em produção maior, até que pedi até licença do meu cargo na prefeitura, porque as coisas começaram a clarear, Deus começou a abençoar muito, porque o trabalho que era de freelancer passou a ser a minha principal renda.

No primeiro ano de formado eu fui convidado para trabalhar na secretaria de obras. Onde eu fiquei um bom período. Saí em 2015, depois eu voltei em 2020 para assumir a secretaria novamente.

Sempre foi um sonho meu ser secretário de obras, é uma coisa que você ajuda muita gente, você tem contato com a população e eu gosto de trabalhar com o povo. Sempre tratei todo mundo de uma forma igualitária, e a secretaria de obras abre a nossa mente para os problemas do município: Na parte de moradia, na parte de pavimentação, as próprias manutenções das obras públicas, as partes de via, de rodovia, de pavimentação asfáltica, de drenagem. Então a gente começa a despertar para uma nova realidade, porque quem está de fora, tem uma visão diferente.

À frente da secretaria de obras, o engenheiro passa a gerir junto com o prefeito para atender, como no caso de Lagoa da Prata, para 50 mil habitantes. E esta demanda requer conhecimento, empenho e um aprendizado diário. Não é fácil. Mas, gratificante! E desafiador também.

Antes de entrar para a faculdade, voltando no tempo, eu já trabalhei de serviço braçal como servente de pedreiro, eu já trabalhei na panha de café, na panha de pimenta, no corte de café, no corte de arroz…
Na capina, no plantio e na colheita do feijão. Já vendi frango na praça da matriz, já vendi picolé, já engraxei.

Então, a minha vida de trabalho na verdade se inicia aos nove anos. Hoje se você coloca um menino para trabalhar é complicado. Mas, sou de um tempo em que podíamos começar mais cedo.

Comecei com nove anos e não parei mais. Estou até hoje e a gente tem o reconhecimento da população e isso facilita muito, porque a gente vem deixando o nosso legado.
Hoje a gente tem uma carteira de clientes que sempre volta a nos procurar para novos projetos, porque gosta do trabalho da gente!


Tenho hoje comigo alguns profissionais que são freelancers, me auxiliam no escritório e prestam serviços pra nós a partir de casa, trabalham em home office. Temos um cadista que é o Felipe Israel que está comigo já há 12 anos. O Rafael que é meu filho e também trabalha comigo.

Existe uma frase que é muito clichê que o pessoal fala que:
“A partir do momento que você faz o que gosta você nunca mais vai precisar trabalhar.” E eu faço isso com uma tranquilidade de espírito, de paz, de coração!…
Eu gosto do que faço. Sinto bem no que faço. Não sinto árduo. Não sinto fardo.
Eu sempre falo que a melhor coisa que eu fiz foi estudar, eu saí em 1996 do colégio, no terceiro ano. Depois fiquei 12 anos sem estudar. Após de 12 anos, no momento mais difícil, eu comecei a minha faculdade na Unifor em Formiga. E a fase de faculdade é sempre difícil, porque além dos custos, no nosso caso aqui em Lagoa da Prata, nós temos o deslocamento, perdemos um tempo precioso na estrada diariamente.

Mas, contudo, eu costumo contar, até mesmo para motivar outras pessoas é que, na faculdade, durante o período de cinco anos, nos últimos períodos no final do curso, nós tínhamos aulas até aos sábados, e eram ministradas em campo ou laboratoriais.
Eu mantive meu foco nos estudos, e quando se tem um objetivo há muitas renúncias, o que é natural, eu me orgulho de contar que faltei da faculdade uma única vez.
Por ter tido uma febre muito alta.
Gripe, mal estar nunca me tirou da sala de aula.
Isso também porque eu contabilizava o que eu pagava por mês de faculdade, dividia pelas aulas diárias que a gente tinha e dava um valor significativo, na época eu cheguei a contar que a gente pagava R$22,00 a R$22,50 por aula, então, se eu perdesse eu teria que pagar da mesma forma, sem contar que eu estaria perdendo o conteúdo.

Já teve dia de eu chegar na faculdade, ter apenas três alunos, e a gente decidir não entrar para a sala de aula. Agora, eu falar hoje eu não vou, vou matar este dia de aula, nunca me aconteceu.
O ensinamento do professor é muito importante. Até hoje, eu me lembro de algumas passagens de falas dos professores que são muito importantes.

Este é o meu legado. Em escolas como o Guadalupe, a escola da ilha, eu sempre que tenho oportunidade, por ter facilidade de falar em público eu levo o meu legado para os alunos. Eu estudei no Monsenhor, estudei no Guadalupe, então aqueles que estão finalizando o ensino médio e estão indecisos para decidir, qual carreira seguir, eu sempre que posso levo a minha palavra pra eles, para motivá-los. Porque mesmo não tendo uma clareza do que ele quer, ele pode ir para a faculdade que ele vai se encontrar! Se motivar…. e se descobrir.

E vai conseguir. Porque com força de vontade ele pode sempre avançar e se graduar.

Hoje nós temos um escritório em Lagoa da Prata e também em Japaraiba.

Na cidade de Japaraíba, tenho um sócio, o Pedro Júnior, que está comigo desde que abrimos a nova sede naquela cidade, há cinco anos.

Esta é a minha história e o meu legado;
Estamos de portas abertas para atender a todos.

E para os estudantes que precisarem ampliar seus conhecimentos, tirar suas dúvidas, trocar uma ideia, podem falar comigo. No que eu puder ajudar, estarei sempre à disposição da população em geral.
Porque eu acredito que o crescimento humano é assim mesmo, um ajudando o outro. E quando isso acontece, o lado que ajudou também nunca sai perdendo. “A vida é uma via de mão dupla!”
Você dá e recebe o tempo todo. E esta partilha é a essência da vida!

Contem sempre conosco!

Antônio Aparecido dos Santos. (Cidinho)
Engenheiro Civil Crea MG 160023/D
Empresa: Soluções em Projetos.
Rua: Joaquim Gomes Pereira, 777 – A. Lagoa da Prata- MG.
(37) 9 9951-1984 – 9 9118-9206
Rua: Joaquim José Lopes, 309 – Centro- Japaraíba- MG.

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A revista Official Chic foi idealizada por sua proprietária, a Jornalista Mônica Garcia, para ser um veículo atemporal que dissemina a arte, a cultura, o empreendedorismo e com holofotes em empresas que se destacam em seus segmentos e nos profissionais que atuam de forma inovadora e diferenciada dentro das suas especialidades.
É também uma passarela artístico-cultural onde o poder da criação tem liberdade para apresentar todas as suas nuances.

As causas sociais e filantrópicas também são prioridade da idealizadora desta revista, sobretudo o autismo, que se tornou uma luta de causa e de vida!