A coragem é a síntese de todas as virtudes mesmo admitindo que a virtude está no meio termo, no equilíbrio e no seu gigantismo pois é assim que se torna imensamente grande a importância deste equilíbrio que se ferido produzirá consequências absolutamente imprevisíveis na configuração e na conformação das realidades na realidade ou na realidade das realidades modificadoras, inovadoras, renovadoras para se adequarem aos reclamos e às súplicas de um mundo que chama as chamas incendiárias das carências não supridas, da justiça negada, do provimento não provido, dos desejos incontidos e não satisfeitos, da supremacia poderosa dos poderosos que pretendem mais poder a qualquer preço mesmo que este seja o sangue dos inocentes ou o calar dos que falam, o impedimento de fazer dos que fazem, a imobilidade dos que andam ou caminham, a imposição da vontade do poderoso, a prevalência do poder pelo poder e para o poder, o alijamento das minorias, a supressão das liberdades, o desconhecimento das desigualdades, a difusão do medo, da ameaça, do constrangimento, do impedimento da aplicação dos direitos e aí sim estará caracterizado o surgimento do desequilíbrio nos seus aspectos negativos e negativistas o que equivale admitir também a possibilidade e vibrante da canção e da melodia do contrário no próprio desequilíbrio.

Este mundo escuro e obscuro ofuscado pelas sombras do imprevisível e já desequilibrado pode apresentar sua OUTRA FACE que poderá se iniciar com o som nostálgico romântica do amor incontido, da liberdade de querer, de almejar, de velejar, de navegar, de caminhar, de voar como os pássaros, de sonhar os mais sentidos sonhos, de ter o pão de cada dia, a alegria de sorrir, de sentir o calor do sol e da companhia, de ser iluminado pelo brilho do luar que em forma de cascata derrama seus fios de luz sobre os amantes da lua e do céu estrelado, da certeza do seu teto onde pode descansar o corpo molhado pelo orvalho da madrugada e seus mistérios, do alimento indispensável ao sustento do corpo, da brisa suave que penetra o nosso pulmão e nos enche de vida, dos verdes das matas, das águas correntes dos rios e cachoeiras, das sensações sensacionais, das sementes semeadas, das árvores e seus galhos onde moram os frutos e dos frutos que nos alimentam pois tudo isto é nosso é de cada um, pois somos o resultado perfeito daquele que é origem e fim em si mesmo, do Deus infinitamente misericordioso de todos e para todos, é só querer.

Por: Abel Magalhães