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Elias Layon – Dá vida à memória de Aleijadinho

Antes dele, nenhum escultor brasileiro havia homenageado o famoso toreuta de Ouro Preto com uma cultura de sua imagem.

Quem visita a histórica Mariana, em Minas Gerais, deveria, antes de percorrer a cidade, entrar no atelier do artista Elias Layon. De lá sairia com o olhar contaminado por uma imagem poética dessa cidade histórica que respira e aspira arte desde os tempos de Aleijadinho. Elias Layon, realiza o milagre de tornar cada pequeno facho de luz, cada movimento da neblina e cada frescor matinal, num edifício imenso de força viva, que transpira uma permanência indefinida.
Provamos de uma alegria, que à simples lembrança de suas telas, sempre retorna.
Pois, como dizia o poeta Keats: ‘‘ Uma coisa bela é uma alegria para sempre.’’

Mas nosso artista não apenas é pintor. Layon descobriu, após uma vida dedicada à pintura, a expressão artística da escultura.
E essa descoberta da escultura já surpreende em sua riqueza de expressão e qualidade técnica.
Iniciou há 14 anos e veio ao longo desse tempo refazendo esse retrato de Aleijadinho. Ele foi esculpido em madeira de cedro e mede 98 cm de altura.

Para criar essa obra, tomou como base:

1- Descrição da fisionomia do Aleijadinho por sua nora Joana ao historiador Rodrigo Bretas, 44 anos após a morte do mestre em 1814.
2- Pequena pintura de um escultor mulato, hoje no acervo do Museu de Congonhas, que se passa pelo retrato de Aleijadinho.
3- Estilemas de Aleijadinho, predominantes em sua obra.
4- Fisionomia negroide patente em toda a imaginária do mestre.

Aleijadinho – Escultor, entalhador e arquiteto mineiro, considerado o maior escultor do período barroco.

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Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa) nasceu em Vila Rica no ano de 1730 (não há registros oficiais sobre esta data). Era filho de uma escrava com um mestre-de-obras português. Iniciou sua vida artística ainda na infância, observando o trabalho de seu pai que também era entalhador. Por volta de 40 anos de idade, começa a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações. Não se sabe exatamente qual foi a doença, mas provavelmente pode ter sido hanseníase ou alguma doença reumática. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e mãos. Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar.
Demonstrou um esforço fora do comum para continuar com sua arte. Mesmo com todas as limitações, continuou trabalhando na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais.
A obra de Aleijadinho mistura diversos estilos do barroco. Em suas esculturas estão presentes características do rococó e dos estilos clássico e gótico. Utilizou como material de suas obras de arte, principalmente a pedra-sabão, matéria-prima brasileira. A madeira também foi utilizada pelo artista.
Morreu pobre, doente e abandonado na cidade de Ouro Preto no ano de 1814 (ano provável). O conjunto de sua obra foi reconhecido como importante muitos anos depois. Atualmente, Aleijadinho é considerado o mais importante artista plástico do barroco mineiro.

 

Fale com o artista:
E-mail: pintordasbrumas@gmail.com

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