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Helonar Campos

Helonar Campos nasceu em Santo Antônio do Monte, em 17 de agosto de 1975. Filho de Maria de Fátima Campos, carinhosamente conhecida como Fátima costureira, e Antônio Eustáquio Campos (in memoriam), funcionário da rede ferroviária e proprietário do “Serrados Bar”, um estabelecimento de grande prestígio na cidade naquela época. Helonar cresceu ao lado de suas irmãs, Heloneida, casada com Geraldo e mãe de Nícolas, Eleonora e Arthur; e Helonara, a irmã caçula, professora e mãe de Érick Antônio, afilhado de Helonar.

A infância de Helonar foi marcada por mudanças constantes, consequência das transferências de seu pai pela rede ferroviária. Sua mãe, sempre ao lado do marido, acompanhava as mudanças com os filhos pequenos. Quando os filhos começaram a frequentar a escola, a família decidiu estabelecer-se definitivamente em Santo Antônio do Monte, na casa que pertenceu aos avós paternos.

As memórias de Helonar são entrelaçadas por momentos de alegria e dor. A infância, vivida entre diferentes lugares, trouxe consigo a alegria das descobertas, as amizades feitas e desfeitas, e o carinho inabalável da mãe. Mas também trouxe desafios no entendimento e  convívio com o pai.

Helonar encontrou uma forma única de criar laços com o pai: o futebol. Mesmo sem interesse pelo esporte na época, ele se permitiu envolver pela paixão de seu pai pelo Cruzeiro. Nos dias de jogo, as tensões eram deixadas de lado, e pai e filho encontravam uma sintonia rara, compartilhando momentos de pura alegria. Esses momentos de cumplicidade tornaram-se preciosos para Helonar, que aprendeu a amar o pai não pelo que ele poderia ter sido, mas pelo que ele era.

A presença materna foi o pilar que sustentou a família. Maria de Fátima, com sua força, dedicação e fé, sempre ofereceu um porto seguro. Helonar descreve sua mãe como o alicerce e a rainha da família, uma mulher cuja firmeza e carinho moldaram os valores dos filhos.

Desde jovem, Helonar demonstrou um comprometimento exemplar em tudo o que se propôs a fazer. Trabalhou ao lado do pai no bar, mas sua vontade de explorar novos horizontes o levou a buscar outras oportunidades. Ingressou na fábrica de fogos, onde trabalhou no setor de cartonagem. Mesmo em meio à rotina exaustiva, Helonar nunca deixou de estudar, acreditando que a educação era a chave para um futuro melhor. Em uma ocasião, quando questionado por um encarregado sobre por que estudava, ele respondeu com determinação:

“Estou aqui de passagem. Os estudos vão me levar mais longe”.

Da fábrica, Helonar seguiu para a área de Contabilidade e, posteriormente, trabalhou na Contal ao lado de Sávio Castro, onde desenvolveu um senso de perfeccionismo. Apaixonado por música, Helonar compartilhava suas descobertas musicais com a amiga radialista Lucinei Bessa, até que, em uma viagem de ônibus para Lagoa da Prata, encontrou Dimas de Oliveira, que o convidou para fazer um teste como locutor na rádio Veredas. Helonar passou no teste e, depois de um tempo, foi convidado pelo Sr. Tunico Baeta, diretor da rádio Montense, para trabalhar como programador e diretor artístico. Embora inicialmente não fosse um entusiasta da música sertaneja, Helonar aceitou o desafio e mergulhou no universo sertanejo, aprendendo e contribuindo com suas descobertas musicais.

Com o tempo, Helonar decidiu cursar Comunicação, mas sem condução para Arcos, acabou optando por Biologia em Divinópolis. Encantado pelas aulas de Biologia do professor Mário, Helonar se dedicou aos estudos, mesmo percebendo que não era exatamente o que ele queria. No entanto, ele persistiu, determinado a não desperdiçar o esforço e os recursos que sua mãe havia investido em sua educação. Após se formar em Biologia, Helonar iniciou sua carreira como professor, uma experiência que o cativou.

Durante 20 anos, Helonar formou novos cidadãos, e hoje, orgulha-se de ter contribuído para a educação de filhos de seus antigos alunos. Ao longo de sua carreira como professor, Helonar enfrentou desafios únicos. Ele percebeu que os alunos de hoje, em um mundo dominado pela tecnologia, muitas vezes carecem da curiosidade e do comprometimento que ele tanto valoriza. O hábito da leitura e o prazer da descoberta, que marcaram sua própria jornada de aprendizado, estão se perdendo em meio à facilidade de acesso à informação. Para contornar essa realidade, Helonar busca inovar constantemente em suas abordagens pedagógicas, criando maneiras criativas de engajar os alunos e despertar neles o prazer de aprender.

A resiliência de Helonar foi testada de forma dura quando enfrentou acusações infundadas que abalaram sua vida pessoal e profissional. O apoio inabalável de sua família, amigos e colegas foi fundamental para que ele superasse essa fase difícil. O IMAC, instituição onde leciona, se tornou um refúgio, garantindo que ele continuasse a exercer sua paixão pelo ensino. Apesar das adversidades, Helonar se manteve fiel aos seus princípios, e o tempo trouxe a verdade à tona, restaurando sua reputação e dignidade.

Mesmo após ter sido afastado do estado, Helonar continuou a lecionar, sendo desafiado a ministrar aulas particulares, que foi uma sugestão da tia Vera, que era supervisora do IMAC naquela época.  Ele se superou e se surpreendeu ao ver pais de alunos que eram médicos dentistas e empreendedores, levarem os seus filhos para as aulas com ele, nos primeiros 30 dias, já contavam mais de 20 alunos. Seu retorno ao estado foi um sinal que ele interpretou como um chamado para não abandonar a educação, uma paixão que o sustenta.

Hoje, Helonar também serve como ministro da Eucaristia, um papel que ele aceitou com humildade, desafiando preconceitos e reafirmando sua fé. Ao longo de sua carreira, ele foi agraciado com prêmios que refletem a sua dedicação e o seu diferencial de excelência na educação e agora é indicado para receber o Mérito pela revista Official Chic.

Helonar aprecia momentos de lazer com os amigos e, especialmente, viagens com sua mãe, Dona Fátima. Juntos, exploraram resorts e destinos como Fortaleza, criando memórias inesquecíveis. Ele lembra com carinho dos professores que marcaram sua vida, como Dona Puríssima, Dona Agostinha, Dona Neuzira, Dona Iná, Dona Meire Bolina, Dona Totonha, Sônia Bessa, Dona Sônia Veneroso e Antenógenes Júnior, figuras que moldaram sua visão de mundo e sua paixão pela educação.

Helonar conclui sua história com gratidão a todas as escolas que o acolheram, aos familiares, amigos, alunos e pais, e a todos que o indicaram para o Mérito. Ele agradece também aos leitores que buscam inspiração em sua trajetória. Sua mensagem é clara: “Coloquem amor e dedicação em tudo o que fazem, para que possam viver com propósito. Só assim a vida vale a pena.”

 

 

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Consultor de Marketing digital. Design gráfico.