Patrícia Lacerda é psicóloga, especialista em orientação vocacional, especialista na Terapia Cognitiva Comportamental, está em formação da neuropsicologia e terminando uma capacitação do neurodesenvolvimento infantil de crianças de zero a cinco anos, se formou na UNIPAC, em Bom Despacho, no ano de 2011 e hoje trabalha na cidade de Santo Antônio do Monte. Atende crianças, adolescentes, adultos e casais.

Filha de Ildeu Xavier e Marli Lúcia Ferreira Xavier. Pai tratorista, analfabeto, muito inteligente e muito culto. A mãe trabalhava como cozinheira em uma fábrica de fogos, talentosíssima na cozinha, e hoje ela tem um comércio, um bar de portas abertas. Os pais desde sempre sonharam que as filhas estudassem e se formassem, e hoje as três filhas são formadas.

Patrícia é a filha do meio, tem uma irmã mais velha Paula, que é professora e a mais nova Bruna é advogada. Sempre pensou e quis cursar psicologia, sempre foi a primeira opção, nunca teve dúvida. É apaixonada por borboletas, um dos símbolos da psicologia, a transformação de um lagarto em borboleta, nos ensina que podemos e estamos sempre em transformação, mudando.

Entrou muito nova na faculdade, na época fazia junto com o namorado, que hoje é seu esposo, o Roni, se casaram ainda fazendo faculdade. Um dos medos que tinha era se conseguiria terminar o curso, fez em faculdade particular, os custos com o translado, tudo era muito difícil. No primeiro dia de aula o professor colocou a pergunta no quadro: “Quem sou eu”, essa pergunta a instigou a buscar a resposta, saber quem é ela para poder ajudar o outro, e a querer fazer o melhor, a dar o melhor. O primeiro estágio foi na área da saúde mental, no CAPS da cidade, e foi ótimo, aprendeu muito com os profissionais de lá.

O estágio da faculdade na policlínica também acrescentou muito. Precisa se desdobrar para entender o outro, se desprender das crenças, dos princípios, sem julgamento, sem represália, uma escuta apurada, para ouvir além do que se fala, além do achismo. Assim que se formou, o filho estava com um ano de idade, no meio de uma turbulência, escolheu viver de consultório, atuar na clínica, tinha uma sala na clínica Simetria, mas com a ajuda de outro emprego, pois era funcionária pública, trabalhava meio período na prefeitura e meio período na clínica, foi um trabalho de formiguinha, tendo muito empatia, vendo a importância que cada pessoa tem, acessível aos pacientes, a melhor forma de divulgação é um paciente falando para o outro.

Conforme as demandas vão aparecendo, vai acontecendo as especializações, não adianta falar em ser um bom profissional sem ter uma boa qualificação, as pessoas querem ser bem atendidas, mas elas querem também conteúdo, bagagem, e essa profissional tem a bagagem de experiência e bagagem de conteúdo para oferecer o que há de melhor para os pacientes.

Trabalhou na clínica Simetria até ano passado, quando sentiu a necessidade de um espaço mais adequado para atender crianças e foi quando teve a transição para um consultório particular, um espaço dela mesma, no primeiro momento teve medo, pois estava acostumada com local na clínica Simetria, era precisa sair da zona de conforto.

Com três meses no seu espaço conseguiu levar uma neuropsicopedagoga para trabalhar com ela, a Michele Sousa, oferecendo um atendimento especializado multidisciplinar, ainda contando com o atendimento de um médico dermatologista que vem de Belo Horizonte atender na clínica dela, o dr. Paulo. Pensando em oferecer o que há de melhor, no conforto do paciente. Hoje tem três filhos, o Miguel com 12 anos, a Maria Clara com 9 anos e a Manuela com 3 anos.

Fez uma viagem inesquecível com os filhos para Arraial do Cabo. Teve três momentos marcantes, o nascimento dos filhos, o momento quando pegou o diploma, pois era uma realização dela e dos pais, e quando viu a clínica dela montada, pois conseguiu as próprias custa, sem apadrinhamento, com o esforço do pais, que acreditaram nela e lutaram para que ela fizesse a faculdade, e tudo com muita dedicação dela, de acordar cedo todo dia, trabalhar, abrir mão as vezes de estar em casa na companhia dos filhos, mas vê a evolução de um paciente faz tudo valer a pena, chega a emocionar, ver o processo evolutivo de melhora.

Planeja ampliar a clínica, com uma equipe multidisciplinar maior, com uma Terapeuta Ocupacional (T.O.), um médico psicomotricista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, sonha em poder oferecer todo tipo de acompanhamento para a criança, para que os pais não precisem se deslocar para outra cidade em busca desse tratamento, uma clínica bem estruturada.

Deixa uma menagem para os jovens que estão ingressando no mercado de trabalho, que por mais que exista competição, por mais que hoje é colocado em nós de que a gente sempre tem que ser o melhor, que eles possam acreditar que eles sim são os melhores, que não importa a dificuldade que tenham hoje , não importa o não que tenha recebido, que possa usar desse não para correr atrás daquilo que quer, o mercado de trabalho é amplo, tem vaga para todo mundo e estar faltando profissionais qualificados, o que dificulta as pessoas estarem trabalhando hoje é a qualificação, desejam ganhar bem, serem bem remunerados, mas não se quer fazer esforço para isso.

Para se ter uma boa profissão e ser bem remunerado é preciso dedicação e muito trabalho, estudar dar trabalho, mas que ele possa arregaçar as mangas e é algo que ninguém vai fazer por ele, mas o reconhecimento e o sucesso também será dele.