HONRA AO MÉRITOMelhores Profissionais

SILVANA RIBEIRO COELHO

Silvana Coelho é de Santo Antônio do Monte, sua família veio da zona rural, a mãe Genir é do Raposo, o pai Antônio tinha um arraial perto de Divinópolis, ele era chofer, um bom motorista, aprendeu a dirigir sozinho, naquela época quem dirigia era um sucesso, trabalhava para a prefeitura, dirigia para os prefeitos, era uma pessoa de confiança, pediam para ele ensinar os outras pessoas a dirigir. Tem dois irmãos, ela é a filha do meio, tem o Adriano que mora em Salvador-BA, e o Marquinho, que é empresário, e mora em Samonte.

Quando criança morou em Divinópolis e na roça, veio para Santo Antônio do Monte quando tinha seis anos de idade. Teve uma infância simples, bem dificultosa e humilde, mas com os valores que sempre prega para as filhas, tinha o cuidado de pai e mãe, eram zelosos, preocupados com a escola e com os estudos deles.

Precisou trabalhar desde nova, ela e o irmão mais velho, para ajudar dentro de casa, e não reclamavam. Trabalhou em escritório de contabilidade ou em fábricas de fogos, depois fez o curso técnico de contabilidade em Santo Antônio do Monte mesmo. Perdeu o pai muito cedo, ela tinha 18 anos e o pai tinha 51 anos.

Estudou na escola Nossa Senhora de Fátima, do pré ao antigo segundo grau (hoje ensino fundamental), lembra de alguns professores, como a Arlete Cabral, Dona Iranir e Dona Eneide; e de muitos colegas, alguns mantem contato até hoje. Tem vontade de participar desses encontros que reuni colegas de escola, mas nunca deu certo, talvez outras pessoas também queiram, mas ninguém ainda se prontificou para fazer acontecer.

Casou aos vinte dois anos com o Humberto, da família Sabino e Coelho, tiveram quatro filhos. A primeira filha, Ana Isabela, nasceu prematura de seis meses, ao nascer pesava 860g, não havia ainda incubadora no ano de 1996, foi a mão de Deus que a salvou, quando Deus quer Ele faz; depois que nasceu precisou da ajuda de especialistas em bebê prematura;

Silvana precisou ficar em casa um tempo para cuidar da filha prematura, depois foi trabalhar na Paróquia. Engravidou da segunda filha, Gabriela, ainda cuidando da primeira, nasceram no mesmo ano, uma em janeiro e a outra em dezembro, as pessoas acham que elas são gêmeas, elas ficam com a mesma idade entre dezembro de um ano e janeiro do ano seguinte. Não foi fácil, há vinte seis anos atrás, muito trabalhoso, quando Deus quer, nada impede.

Será avó novamente, Gabriela está grávida.  Foi o Dr. Gilberto que fez os três partos das primeiras filhas, o último filho nasceu em Divinópolis, todos foram parto normal, e se tivesse mais quatro filhos seria parto normal novamente, sua filha também quando engravidou e optou por parto normal. A terceira filha veio três anos após a primeira, usava o DIU, porém o contraceptivo saiu do lugar e ela engravidou da Maria Fernanda.

Dr. Gilberto acompanhou a gravidez, falou que não havia risco do DIU para a criança. Silvana consultou outra média em Divinópolis, Dra. Ana Maria que repetiu as mesmas coisas que o Dr. Gilberto, e o médico ainda previu que Maria Fernanda nasceria, exatamente no dia três de setembro de 1999, ele adora contar esse fato.

Quase dezoito anos depois veio o Davi, programado por Deus, nasceu de oito meses, ela já tinha quarenta anos. Os quatro nasceram sem ser programados, mas ela nunca reclamou, só se assustou. A mãe sempre ajudou bastante a cuidar dos filhos, também sempre teve ajuda de funcionárias e babás (algumas boas, outras nem tanto), as filhas eram muito saudáveis, quase nunca adoeciam.

Silvana também sempre foi muito organizada, não deixava as coisas bagunçadas, consegue achar as coisas no escuro, era elogiada pelas ajudantes, diziam que a casa dela era impecável, guardava os brinquedos das crianças em lugar certo, buscava criar bem as filhas, e tinha um ditado que sempre lembrava “se você cria seus filhos, você poderá mimar seus netos, mas se você mima seus filhos, você provavelmente vai ter que cuidar dos seus netos”, ela vê lógica nesse ditado, naquela época era melhor de criar os filhos, hoje acha mais complicado, sente muito que as mães precisem sair de casa para trabalhar e não poder educar os filhos de perto. Sempre ajuda famílias carentes, consegue roupas e cestas básicas, se preocupa com as crianças dessas famílias.

Sempre ouve a pregação do Frei Gilson, E  ouviu uma que achou espetacular, ele falou que Jesus disse que quem acolhe os pequeninos está acolhendo ao próprio Jesus, e é algo que ela sempre pensa, sobre as crianças que não tem as necessidades básicas supridas, não tem um lar, comida, escola, e fala até para o filho Davi, para ser grato pelo que tem; ela não consegue ver criança ser maltratada, as vezes ajuda as crianças, mesmo os pais não merecendo, e depois que ele teve o filho com a maturidade, aos quarenta anos ficou mais sensível com a causa.

Sabe que há pessoas que querem tirar vantagem, mas a maioria é porque precisa mesmo, uma mãe não aguenta ver o filho com fome e como não tem o que dar vai pedir ajuda e se lhe pedir ela vai ajudar, quando se ajuda, se ganha em dobro, em graças, e pela pregação do frei sabe que está fazendo a coisa certa; e conhece muitas pessoas que ajudam também, as pessoas da cidade são caridosas.

Viajou esse ano para Salvador para visitar o irmão, nunca tinha ido, o marido não gosta de viajar, por isso foi sem ele, sempre foi muito caseira. Viajou com o filho Davi e a filha Gabi, o genro, o irmão Marquinho e Valesca, foi a realização de um sonho, rever o irmão e era para ter ido antes com a mãe, mas não possível, mas acredita que a mãe no céu tenha contribuído para ter dado certo essa viagem, ela era uma pessoa muito boa, assim como o pai também, lembra que no dia do enterro do pai muitas pessoas comentavam que deviam suas casas ao pai dela, pois ele levava o material de construção para as casas de graça, a prefeitura dava o material, mas tinha que pagar o motorista e ele ia sem cobrar nada das pessoas que via que não tinha condições de pagar, ia fora do horário do expediente, a noite, pois  via que eram famílias muito carentes, então acha que herdou dos pais, lembra da mãe também que sempre que batiam na porta dela ela ajudava, comprava ingresso de almoço beneficente, dava alimentos para cesta básica, era do sociedade São Vicente de Paula, participava do leilão toda semana; pensa não ter como fugir disso, foi parte de sua criação, se sente tocada pelos mais fracos e mais simples, julga ser uma pessoa muito justa, luta por quem não tem voz e nem vez.

A mensagem que deixa para os jovens que iniciam no mercado de trabalho é nunca perder a esperança, sempre acreditar na providência divina, porquê Deus é o Deus do impossível, nós fazemos o possível, que é correr atrás, deixar currículo, com fé, uma hora uma porta com certeza abre, se ficar atento. Pois, tem muita concorrência, falta experiência, na hora certa a sorte vem para a pessoa. É só não ficar de braços cruzados esperando que Deus faça tudo, tem que reagir, tem que ir à luta.

Confira o ARQUIVO CONFIDENCIAL da Silvana Coelho, clicando no link abaixo:
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https://youtu.be/f_HVyePErYs

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A revista Official Chic foi idealizada por sua proprietária, a Jornalista Mônica Garcia, para ser um veículo atemporal que dissemina a arte, a cultura, o empreendedorismo e com holofotes em empresas que se destacam em seus segmentos e nos profissionais que atuam de forma inovadora e diferenciada dentro das suas especialidades.
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