Biláh Bernardes
Nasceu em Santo Antônio do Monte/MG/Brasil (22/01/1950) onde foi batizada como Maria Angélica dos Santos. Bernardes é o sobrenome de casada. Seus pais, José Rodrigues dos Santos (Juca Rodrigues) e Maria Angélica Rodrigues (Dona Ica) já tinham seis filhos quando ela chegou. Depois dela, nasceram outros dois.
Em Santo Antônio do Monte, cursou magistério no Colégio Normal Senhora de Fátima, onde também, ministrou aulas de canto e solfejo, em substituição à professora que se aposentara, Dona Aristoclina Brasil.
Como professora trabalhou, também, na Escola Juca Pinto, em SAMonte. Mudando-se para Belo Horizonte, em novembro de 1970, após casamento, já iniciou carreira, como contratada, na Escola Estadual Cesário Alvim, em abril de 1971. O que lhe garantiu trabalho tão rápido foi o diploma da escola de Dona Maria Castro, pois Maria Antonieta Mesquita trabalhara nesta escola. Alfabetizou nos colégios Salesiano e Arquidiocesano (São Paulo da Cruz) até que passou em concursos públicos, primeiro estadual, depois para escola municipal da PBH, onde se aposentou 35 anos depois. Em todo esse tempo, foi, prioritariamente, alfabetizadora, ensinando a crianças desde seis anos até adultos de 86 anos (EJA).
Em 1989, trabalhando em biblioteca escolar, Biláh escreveu um projeto de trabalho para o livro “Correspondência”, de Bartolomeu Campos Queirós, ilustrado por Ângela Lago, divulgado em várias escolas. A revista AMAE Educando convidou-a a publicá-lo com o título Leituras de uma Correspondência. (Revista AMAE Educando. Nº 205, ago. Belo Horizonte: 1989: p29-33). Vieram outras publicações na área de educação e psicopedagogia de 1997 a 2001: “Relato de experiências em sala de aula de alfabetização, ocorridas em dois momentos distintos da vida profissional da autora na Revista E.PSI.B.A. :
O Saber e o Não Saber da Professora Influenciando o Sucesso e/ou o Fracasso Escolar, Revista E.PSI.B.A nº05. Mar. Buenos Aires: 1997”; “O que é Psicopedagogia?” . Jornal Psicopedagogia das Gerais. Ano 2000. Nº 2.
Artigo: Livro Folclore, o meu, o dele, o nosso. Revista AMAE Educando. Nº 301, ago. Belo Horizonte: 2001: p. 8-10 (Relato de experiência em sala de aula), até que, em 2004, recebeu o troféu Professor Paulo Freire (Prefeitura de BH) por reconhecimento ao projeto de escrita desenvolvido na E.M. Padre Henrique Brandão. (Despertando o Desejo de Registro da História de Cada Um e Escrevendo Um Futuro Diferente. Assunto: Relato de Trabalho desenvolvido com turmas de Educação de Jovens e Adultos). Por suas experiências como ensinante e atendendo crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem, escreveu um livro com relatos de experiência a que deu o título: Ensinâncias e Aprendências, a ser publicado neste ano de 2024.
Enquanto os três filhos eram crianças, optou por trabalhar com pintura em tecidos e representante de produtos de beleza, havendo um hiato em sua profissão de educadora, retomada e ampliada pelo curso de Pedagogia, onde graduou-se em 1991. Seguiu com pós-graduações em Psicopedagogia Clínica – CEPEMG (1994) e E.PSI.B.A -Escuela Psicopedagógica de Buenos Aires (1996-2001). Iniciou formação em Psicanálise (curso incompleto) e atuou em clínica (MOVIMENTO Psicopedagogia) e consultório, em Belo Horizonte, atendendo crianças, adolescentes, pais e escolas. Neste período participou como docente, de cursos universitários, voltados para a prática pedagógica coerente com a teoria do construtivismo e colaborou na fundação da ABPp-MG.
Em 2002, buscou terapia com análise, para compreender sua insatisfação em um relacionamento de mais de 36 anos. O horário da renomada analista era muito mais do que uma professora pública poderia pagar. Diz Biláh: “- Já tendo participado de grupos terapêuticos em psicopedagogia, com Alicia Fernández, tive coragem de propor sessões quinzenais a um valor mensal menor do que o valor de cada sessão. A analista aceitou desde que eu escrevesse reflexões quando em casa e no horário que seria da consulta.” Foi a partir desses escritos que surgiu o primeiro livro de poemas: FotoGrafias de DesCasamento, publicado, primeiro artesanalmente, confeccionado em casa, em 2006 até 2008, quando encontrou uma editora que assumiu sua publicação. Está esgotado, mas vendido em PDF, por WhatsApp ou email.
Desde, então, a escrita e as publicações entraram definitivamente em sua vida e foi a escrita que a levou a interagir com vários poetas do Brasil, iniciar publicações poéticas no site orkurt, Blocos Online e outros veículos que abriram portas para a primeira publicação literária impressa, em 2006, no XIV Congresso Brasileiro de Poesia, de Bento Gonçalves/RS; entrar para grupos de teatro, com os quais fez apresentações na UFMG, na Praça 7, Belô Poético, no Palácio das Artes, Centros Culturais de BH, escolas e outros espaços, com Poesia Cênica. E por estas apresentações, veio o convite para coordenar o sarau “Feira de Poesia”, por um ano, no Centro Cultural Padre Eustáquio, da PBH , em 2016, e o convite para participação em livro da FALE-UFMG, no projeto de poemas nos ônibus coletivos e publicação de coletânea de poemas sobre aprendizagem na Revista TXT (http://www.letras.ufmg.br/atelaeotexto/poemas_bil%C3%A1.html). Continuou sendo publicada na internet, em revistas e jornais no Brasil e exterior. Também participou em inúmeras coletâneas no Brasil, Buenos Aires, Chile, Portugal, tendo poemas traduzidos para espanhol, francês e inglês.
Como poeta, Biláh está: Secretária e eleita futura presidente-coordenadora da AJEB-MG – Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – sessão MG; Cônsul, representando MG, do Movimiento Poetas del Mundo; Membro da Academia Santantoniense de Letras – ACADSAL; Embaixadora pelo Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix – Suisse / France; Membro do coletivo Nós da Poesia, desde a fundação; Membro da Rede Sem Fronteiras e de outros coletivos de poetas e escritores; Colaborou na organização do evento de poetas: Belô Poético por oito anos (2007-2014); Está na foto histórica de Escritoras de Minas, feita nas escadarias do CCBB, Praça da Liberdade Participou (27/ 06 /2015) do FLI BH, com Poética e Performance, ao lado de Greyce Soute; aceitou convite para autografar na FLI BH 2024.
Depois do livro FotoGrafias de DesCasamento (Anome Livros.2008), publicou “AI-5” (Baroni Edições – 2016) – junto com Helenice Rocha, Irineu Baroni, Petrônio Souza Gonçalves e Rogério Salgadoꓼ “S A Monte de Minhas Lembranças” (Edição da autora, 2018)ꓼ “Desvelamento” (Sangre Editorial, 2019); Sentimento Dividido (Selo Editorial Starling – 2021) e tem dois livros infantis prontos: Bichinhos nas Nuvens e A Criança da Bolinha de Areia, em processo de publicação.
Tem poemas musicados em parceria com Anand Rao (Máscaras), Carolina Inês (Vida), Cristiano Lima (Tecituras), Jônatas Reis (Braços Abertos, Pátria Amada, Apesar das Serras) e Régis D’Almeida (Loucura). Encontram-se em canais do Youtube.
Durante a quarentena de COVID-19, no período do “Fique em Casa”, gravou uma série de poemas em áudio que compartilhou com todos os seus amigos do WhatsApp, em duas listas de transmissão e em grupos a que pertence, incluindo asilos, escolas…por 300 dias. Uma seleção desses poemas é que compôs o livro Sentimento Dividido.
Em 2020, foi uma das curadoras do Projeto SobreMesa idealizado pelo poeta Cláudio Márcio Barbosa, que conta com 5 artistas plásticos: Adão Rodrigues, Iara Abreu, Wander Lara, Beto Lino e Marina Jardim e mais de 60 poetas entre iniciantes, emergentes e renomados de vários estados brasileiros, além de ícones da poesia mundial, com grande variedade de temas e estilos. Todos cederam sua arte para realização do projeto, que consiste em plotagem sobre as mesas do restaurante “Dona Preta”, em Belo Horizonte, com imagens de poemas sobre telas dos artistas plásticos citados.
Em 2022, foi convidada para o programa Dedim de Prosa na Rede Minas de Televisão, em 20 de junho; participou com sessão de autógrafos na Bienal de Livros de São Paulo e através da Rede Sem Fronteiras e AJEB, autografou na 92ª Feira do Livro de Lisboa/Portugal. Como secretária da AJEB-MG foi à FLIT – Feira de Livros de Tiradentes e, em 2023, à FLILP – Feira de Livros de Lagoa da Prata. Também 2023 foi o ano em que se reconheceu escritora, ao participar de um concurso do Ministério das Mulheres – Prêmio Carolina Maria de Jesus, onde não podia identificar-se. Em mais de três mil inscrições, o seu romance foi classificado entre as 150 primeiras, pontuado com 27 em 30 pontos.
2024 já começou com participação na Coletânea Literária Internacional: Laços Portugueses, pela Rede Sem Fronteiras, Lisboa/Portugal. P 82-84, e brevemente irá assumir a presidência da AJEB-MG para o biênio 2024-2025; autografará na Bienal de SP, participará do lançamento do livro de pesquisa em parceria com Otaviano de Oliveira: Genealogia & História – Antônio Nestor de Oliveira e Famílias, autografará em Campos dos Goitacazes-RJ. Assim segue a vida, caminhando com encontros que a escrita convida, além dos encontros com a família, os amigos e as brincadeiras com netos (são cinco) e a bisneta Alice.
Mensagem:
Mostre o que escreve. Permita-se errar para acertar. Mostre aos amigos, mostre a outros escritores, peça opinião, arrisque-se. Muitas vezes, o que a gente pensa que não vale a pena, aos olhos de outros é bom. A nossa cidade é uma escola de escritores, pois a educação e as famílias são incentivadoras.
Biláh na internet:
https://bilahbernardespoeta.prosaeverso.net