HONRA AO MÉRITOMelhores Profissionais

Antenógenes Junior

Antenógenes Junior, advogado, presidente Sicoob Credimonte. Tendo passado por várias funções diferentes, como; professor, trabalhou e criou um escritório de contabilidade; auxiliou a formação da  OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) na cidade onde foi tesoureiro por um período; foi assessor da Câmera de Pedra de Indaiá, secretário de administração da prefeitura de Santo Antônio do Monte; foi procurador; e já trabalhou em clube do cavalo; foi também venerável mestre da loja Mensageiros da Paz; e um dos fundadores e diretor administrativo  do IMAC  cooperativa educacional montense.

Natural de Santo Antônio do Monte, nunca teve pretensão de se afastar da cidade, gosta muito do lugar, apesar de brincar que uma metade sua é da cidade de Pedra de Indaiá, onde foi criado pelos avós maternos, em uma fazenda no local chamado Bom Jardim. A mãe Maria Aparecida, professora na cidade por muitos anos, filha de Ari Baeta e da Orosita, sua mãe faleceu no parto dele.

O pai, Antenógenes, neto de Venâncio e Letícia (Dona Nina), depois que sua mãe faleceu o pai foi morar em Belo Horizonte, se casou novamente e teve mais quatro filhos, o pai também já é falecido. Ao olhar o que se passou, pensa que teve uma das melhores infâncias que alguém poderia ter, apesar de acreditar que cada época tem seu tempo bom. Na fazenda pescava, mexia com o gado, com a roça. Na cidade teve a infância gostosa de brincar na rua, jogar bola, até as 20h da noite, porque passando deste horário, naquela época, já era considerado tarde.

Foi criado na religião católica, mas não se considera católico, tem uma fé enorme em Deus e em Jesus Cristo, é devoto de Nossa Senhora Aparecida. Os cristãos; tanto os católicos, os evangélicos, ortodoxos, tem princípios maravilhosos. As religiões orientais, como budismo, hinduísmo tem princípios fantásticos.

É um leitor muito ávido sobre o tema religião, já leu o alcorão algumas vezes, a bíblia, o bhagavad gita, evangelhos apócrifos, gosta muito de ler sobre o assunto, entender e ver a beleza por trás daquela espiritualidade.

Quando perguntavam a Santo Agostinho, que era famoso por seus discursos demorados, o que era preciso para ser salvo, ele sempre dizia: “ser bom”, então não há necessidade de muitas leis, muitos dogmas para seguir uma religião, há a necessidade de ser bom, e pensa que todas as religiões se catalisam nisso, na bondade da pessoa, então não gosta muito de se rotular como sendo religioso, prefere não ser, se ver como um homem de fé sem estar adstrito a uma dogmática, pois acha que isso impede o crescimento do ser humano.

Estudou no Amâncio Bernardes, em Santo Antônio do Monte, depois em escola estadual Álvaro Brandão, e concluiu o antigo segundo grau (hoje ensino fundamental) no Senhora de Fátima, o pai chamou para ele ir para Belo Horizonte fazer faculdade, mas como não queria sair de Santo Antônio do Monte, se sente apaixonado pela cidade, preferiu cursar direito em Divinópolis, podendo ir e vir todos os dias, pois trabalhava na Consultec, um escritório de contabilidade.

Depois fez pós graduação em direito civil, e foi tudo muito difícil, pois não tinha curso EAD (ensino à distância), tinha que ir para Divinópolis quase todos os dias, trabalhava o dia todo e saia do escritório as 16:45h e as 17:15h já tinha que estar dentro do ônibus para ir para a faculdade e retornava para casa por volta das 24h a 1h da madrugada, não se arrepende, pois foi uma época de grande aprendizado, não só na área do conhecimento estudantil, mas, como aprendizado de vida.

Com um ano cursando a faculdade, a escola onde ele estudou o ensino médio o chamou para lecionar, ele deu aula lá por dez anos, começou lecionando aula de mecanografia (datilografia), depois deu aula de contabilidade, direito, educação física, história. Preza e gosta demais da área da educação, é um apaixonado pela educação, acha a frase mais perfeita que existe a do Paulo Freire “A educação não muda o mundo, a educação muda as pessoas e as pessoas que mudam o mundo”, se vê como um grande defensor dos professores, sabe das dificuldades que passam.

Assim como gosta também da área da saúde, do esporte, foi praticante de esportes. Nesse interim começou a namorar, hoje atual esposa, Gilma. Em 1992 e em 1993  abriu o escritório  ADCON serviços advocatícios e contábeis.

Iniciou na Credimonte como conselheiro fiscal por vários mandatos, depois foi para conselho de administração, em 2015 houve uma alteração no conselho e ele foi eleito presidente do conselho de administração, e tem sido uma experiência fantástica, renovadora, pois já estava há 23 anos no direito, se sentia cansado, infelizmente perdeu-se a elegância, vê juízes que delega o indelegável, as leis sendo mal interpretadas e mal utilizadas.

Ele cita uma frase de Rui Barbosa em um discurso Oração aos músicos que diz “quando o direito se deparar com a justiça, opte sempre pela justiça, que ela é divina, enquanto o direito é humano”, como um discípulo de Rui Barbosa, acredita nessa frase. Quando assumiu o cargo na Credimonte se reencontrou no cooperativismo, poder alinhar a realização financeira das pessoas com a realização social; humanamente não tem nada que pague isso. Poder transmitir uma mensagem de educação financeira…e ele cita um ditado que simplifica isso: “não posso ser feliz se meu vizinho não é”, o cooperativismo de crédito pensa assim, ele não acredita em resultados, ele acredita em pessoas, as pessoas fazem os resultados como consequência, sua maior filosofia hoje é essa.

A cada dia que passa precisa ter visão e projetos novos, está sempre viajando para Brasília e São Paulo em busca de novas soluções de crescimento e inovação, é essa sua função, não pode ficar parado.

Para a cooperativa não parar. Tem uma equipe maravilhosa trabalhando com ele, e acredita que pode contribuir muito ainda com o crescimento do Sicoob Credmonte, pois, em 2015 tinha 5 mil associados e hoje tem 21 mil, no ranking de 767 cooperativas no Brasil eles estão na posição de 192, numa cidade de 28 mil habitantes.
É uma posição de destaque muito boa, a agência no Alto Vera Cruz, em Belo Horizonte foi Case internacional, já recebeu destaque na França, Inglaterra, Portugal, Canadá. As agências hoje detêm 85% do mercado financeiro de Santo Antônio do Monte.

O cooperativismo cresce, a cooperativa cresce, e a comunidade cresce, é uma via de mão dupla. Conhece bem o potencial que é uma favela, a sua riqueza… inclusive, os rifeiros vivem disso, nossas economias vivem disso, sem dúvida Santo Antônio do Monte hoje tem como sua principal economia; a rifa, pois ela é pulverizada, se reinventa e ela é democrática.

Sempre diz que é uma ilha, um pedaço de homem cercado por mulheres por todos os lados, ainda tem a Nina, que é a cachorrinha, para ele é uma maravilha… nunca teve vontade de ter filho homem. Para ele foi muito bom ter as meninas, e está aguardando os netos.

É apaixonado por cozinhar, não sabia que tinha este dom quando se casou. Até que um dia ele e a esposa estavam assistindo um programa do Castrinho, e uma parte do conteúdo era sobre culinária, o Castrinho estava fazendo um risoto de frango e ele achou fácil, depois desenvolveu o gosto e nos finais de semana geralmente cozinha, da comida nordestina à mineira, passando pela comida árabe e mexicana.

Deixar uma mensagem para os jovens ingressando no mercado de trabalho é muito complexo, lembra que foi um jovem que não tinha uma família tradicional, teve muita dificuldade financeira, na época da faculdade ganhava dois salários, pagava um salário e meio na faculdade, fora o transporte, alimentação, vestuário, mas nunca desistiu, sempre acreditou na possibilidade do seu sonho, e a grande mensagem que deixa é; nunca perca viço, a vivacidade de viver e trabalhar, o prazer de trabalhar, o brilho no olho, pois é muito triste quando a pessoa perde isso, sempre brinca que quer trabalhar até os seus 130 anos, se Deus lhe permitir. É pai de três filhas, a Gabriela, é advogada, a Ana Flávia, é arquiteta e a Amanda que é pedagoga.

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Mônica Garcia

Mônica Garcia

A revista Official Chic foi idealizada por sua proprietária, a Jornalista Mônica Garcia, para ser um veículo atemporal que dissemina a arte, a cultura, o empreendedorismo e com holofotes em empresas que se destacam em seus segmentos e nos profissionais que atuam de forma inovadora e diferenciada dentro das suas especialidades.
É também uma passarela artístico-cultural onde o poder da criação tem liberdade para apresentar todas as suas nuances.

As causas sociais e filantrópicas também são prioridade da idealizadora desta revista, sobretudo o autismo, que se tornou uma luta de causa e de vida!