Flávia Camargos
Flávia Camargos, é natural de Santo Antônio do Monte, MG. Filha de Ana Aparecida Silva, “Nena – Cerimonialista” e de Gilberto Silva, irmã de Ana Raphaela e tem uma sobrinha, Clara Camargos. Casou-se recentemente com Marco Antônio, em uma belíssima cerimônia religiosa.
Teve uma infância muito divertida, na casa da avó dona Judith, brincava mais com meninos que eram da mesma faixa etária que ela, as meninas eram mais velhas, mas ainda assim tentava se enturmar com elas.
Estudou em muitas escolas, como a Escola Amâncio Bernardes, Castelinho, Álvaro Brandão e Nossa Senhora de Fátima. Teve uma professora que lhe marcou muito, a Juliana Maciel, que até hoje é muito presente, sempre comenta nas postagens do Instagram e acompanha a evolução da Flávia, sente que ela é muito atenciosa, acha muito fofo e bonito da parte da professora.
Na adolescência, não foi uma aluna muito querida, era muito cheia de opinião, porém com o tempo foi aprendendo que mesmo tendo sua opinião é preciso saber como coloca-la e onde falar sobre isso. Entretanto na adolescência levantava a bandeira para dizer que não concordava com algo e queria mudar as coisas, queria revolucionar e por isso não era bem vista. Entende que as regras existem para serem seguidas.
Sempre foi a aluna que liderava e trazia os outros colegas junto, no entanto mesmo com conflito com alguns professores, existiam os que ela gostava. Hoje tem professoras que são suas clientes, já pediu desculpa a algumas, pois não havia necessidade da forma que agiu, e as vezes fala que aquela Flávia ficou no passado, hoje é outra pessoa e que aprendeu muito com ela mesma.
Começou a trabalhar muito cedo, aos 10 anos de idade, a mãe sempre apoiou, não foi uma imposição, ela que escolheu. A mãe ensinava que tudo que começasse tinha que terminar, que fizesse o trabalho bem feito, começasse e finalize os ciclos. Quando falava em desistir sua mãe aconselhava a finalizar o ciclo de forma positiva.
Lembra que o primeiro emprego trabalhava no salão da Nina, prima e amiga querida da sua mãe. A Flávia varria o salão para limpando os cabelos do chão e tentava aprender o que podia. Após sair do salão trabalhou em vários outros lugares, até chegar onde está.
Sempre teve uma visão de crescer, queria sempre aprender mais, sair da zona de conforto, queria encontrar o lugar dela no mundo, pensa que toda pessoa tem um propósito na vida e precisa cumprir esse propósito, ela buscava o dela e se perguntava o que veio fazer no mundo.
Trabalhou como secretária em uma fábrica de fogos, quando estava terminando o terceiro ano, mas ela queria alcançar novos objetivos, então surgiu a oportunidade da vaga no banco, ela mandou currículo e foi chamada. Começou como telefonista e saiu como gerente de agência, comandando uma equipe de 16 pessoas, foram 9 anos, alçando novos cargos e novas responsabilidades e sempre em crescimento. O banco foi uma escola para ela, se sente muito grata, entrou menina e saiu mulher, aprendeu muito com seus superiores. Em uma instituição financeira tem que ter muita resiliência, e buscar cada vez mais conhecimento para trabalhar com pessoas.
Quando trabalhava na fábrica de fogos o horário era muito puxado, saia de casa 6:30h da manhã, passava o dia fora, chegava as 6h, ia para escola as 6:30h e chegava 10h da noite, não tinha tempo. Quando foi para o banco, o horário era certinho, tinha mais tempo livre e começou a pensar que estava faltando algo, pois tinha a noite vaga e quis então empreender.
Resolveu entrar na área de estética, se formou como esteticista, atuava nessa área com a estética facial, até que resolveu olhar para o mercado vislumbrando a possibilidade de se tornar maquiadora e se questionava se daria certo, sua irmã comentou que a chance de acerto era grande, pois ela já trabalhava com a pele. Buscou fazer um curso de maquiagem.
Nessa época trabalhava no banco durante o dia, na semana atendia a estética e no fim de semana a maquiagem, trabalhava quase 24h por dia. Quando começou a subir de cargos no banco não conseguia mais conciliar com a estética, porque também crescia sua clientela, não estava mais dando conta, precisava desmarcar horários, então resolveu finalizar o ciclo com a estética. Ainda nesse tempo estava cursando administração, por causa do cargo no banco e continuou com as maquiagens no fim de semana.
Tanto na faculdade como no banco o que mais amava fazer era gerir pessoas, liderar equipe, criar processos de liderança, processos de treinamento. Quando teve a própria equipe fazia muita coisa do que havia aprendido e sentia o coração pulsar, inclusive o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) foi sobre gestão de pessoas.
Quando quis fazer a transição de carreira em 2020, pensou o quanto queria trabalhar nessa área de gestão de pessoas, mas sentia que faltava algo que lhe definisse, que fosse sobre beleza, bem-estar, autoestima, que pudesse pegar a pessoa e auxilia-la no processo, e quis fazer isso com a equipe, junto com a beleza veio a consultoria de imagem.
O processo de consultoria de imagem é de dentro para fora, ele é um processo de autoconhecimento e a roupa seria a finalização perfeita. Primeiro a pessoa tem que se conhecer, quebrar alguns paradigmas, algumas crenças, para depois pensar no esterno, literalmente pega na mão da cliente e vão juntas, em busca do que ela precisa, e por fim pensam na vestimenta.
Com a consultoria encontrou o lugar dela e o que veio fazer no mundo. Quando pensou na transição de carreira, veio a pandemia e veio a questão da mãe dela que precisou de mais dedicação, por isso demorou um pouco, quando foi sair do banco as pessoas a taxavam de louca, sair após pandemia, sem saber se havia acabado mesmo, se iria dar certo. Contudo pensa que tomou a decisão certa e deu tudo de si para conseguir êxito.
Esse processo trouxe ainda mais aprendizado, e entende que vem aprendendo a cada dia mais, porque tem a necessidade dessa busca de conhecimento, a cada cliente que conhece aprende mais, são histórias diferentes e leva para ela também.
Já está há 8 anos no ramo da beleza. Fez muitos cursos em escolas de moda, quando fez o curso de moda, haviam uns 30 alunos na sala, que ela sabe somente umas 5 continuaram com o processo de consultoria, porém ela buscou um caminho para não desistir. Sua inspiração foi a história de cada cliente juntamente com sua história.
Está na consultoria há uns 4 anos, antes ela era o tipo de pessoa que não acreditava nela mesma, era insegura, não sabia do potencial que tinha, fazia bem o seu trabalho, mas não acreditava nos elogios que recebia. Fala que foi criada numa sociedade machista, que não pode se amar, nem se olhar no espelho e se gostar.
Uma das maiores inspirações que buscou foi nela mesma, saiu do lugar de coitada, de ser rebaixada, de ser a que não consegue, a que não pode. Percebeu que pode ser o que quisesse e queria ensinar sobre isso para as pessoas.
No entanto somente o curso não foi suficiente, não trouxe a bagagem que precisava. Procurou muito mais, ir muito além, ir em outros lugares, criar o próprio método, pesquisar, para poder conseguir chegar onde está hoje.
Já fez quatro eventos. A primeira edição do evento surgiu para as pessoas entenderem o que era o processo da consultoria e o que poderia causar na vida delas. Fala que hoje em dia as pessoas conseguem entender melhor o processo da consultoria, porém quando começou e ela mesma fez, as pessoas achavam que isso era coisa supérflua, que era besteira.
A Flávia queria que as mulheres fossem ao evento e sentissem a potência da consultoria e se sentissem amadas por elas mesmas, assim como ela aprendeu a se amar, ela queria que todo mundo visse que pode ser diferente, para se colocarem como prioridade, que isso não é egoísmo e nem egocentrismo, se não se colocar como primeiro lugar, não se pode fazer nada por outra pessoa. Viu que o evento tomou uma proporção muito legal.
Uma amiga falou algo que ela nunca tinha parado para pensar, que a pessoa não consegue subir na vida sozinha, é preciso subir com outra pessoa, então no segundo evento aproveitou essa dica e disse que não tinha porque está no palco sozinha, se pode ter outras pessoas junto com ela.
Dessa forma chamou outras mulheres para estarem palestrando junto com ela, e trazer a história dela como inspiração para outras mulheres. Contar a sua história e a história de outras mulheres que vão se completando.
Nesse evento trouxe mais duas convidadas, no terceiro evento foram mais 4 convidadas, no ultimo foram umas seis pessoas que palestraram também. Com o propósito de ajudar outras pessoas a subirem junto com ela, e elas ajudarem outras e assim por diante.
O evento é realmente para pararem a guerra entre as mulheres, para perceberem que quando estamos juntas pode-se criar uma escada de crescimento, para unir mulheres por um propósito e depois cada uma conseguir realizar o desejo do seu coração, cada uma tem sua vontade, seu desejo de crescimento, ajuda-las a tirar os pensamentos da cabeça e buscar realizá-los, sair do papel as vontades.
Tem projetos que querem conseguir realizar de forma hibrida (on line e presencial) para que muitas pessoas possam ter acesso ao evento, pensa para o ano que vem, e que possa alcançar muitas pessoas a sentirem o amor que ela coloca nos eventos, apesar de que existem alguns processos da consultoria, como a cartela decores, que não dá para ser on line.
Ela ama viajar, diz que o dinheiro mais bem gasto é com memórias, e as viagens trazem muitas recordações, acredita que não se leva nada da vida, mas as memórias ficam por muitos anos. A viagem inesquecível que fez foi para Bonito, foi pedida em casamento lá, eles foram numa flutuação do Rio Sucuri e no final ele fez a surpresa do pedido de casamento, então marcou muito.
Indica o livro “A coragem de ser imperfeito” (Brené Brown), esse livro foi um divisor de águas para ela, inclusive está relendo, cada momento da vida traz um insight diferente, gosta muito quando o livro fala de se permitir ser vulnerável, as pessoas se protegem muito de pensamentos de coisas inexistentes, medo do que as pessoas pensam, medo do fracasso. É sobre aprender a ser vulnerável e começar a ter menos medo e entende que todo mundo pode ser vulnerável, aprender com os erros, pedir desculpas e recomeçar, esse livro lhe marcou muito.
Gosta de cozinhar, mas prefere degustar, quando está inspirada vai cozinhar.
A mensagem que deixa para os jovens que estão entrando no mercado de trabalho é para não desistir e não ter vergonha de falar sobre os sonhos, não ter medo dos julgamentos, e levar os sonhos adiante.
É preciso se amar em primeiro lugar, e isso não tem a ver com egoísmo ou egocentrismo, quando você ama acaba transbordando amor, fazer o processo de autoconhecimento para alcançar o que se deseja e certamente o alcançará.