HONRA AO MÉRITOMelhores Profissionais

Paula Martucheli – Psicóloga

Paula Martucheli, psicóloga, indicada por várias personalidades de Santo Antônio do Monte, ela realmente faz a diferença na vida das pessoas da cidade. Atende crianças, adolescentes e adultos na clínica dela, inclusive crianças especiais.

Se sente super feliz e lisonjeada de estar participando e ter sido indicada, vê como um reconhecimento do trabalho que vem buscando há 7 anos atuando na clínica, é pouco tempo, mas quem está na garra de lutar é muito, e na área da psicologia é uma grande dificuldade para o psicólogo recém formado essa captação de pacientes, pois na psicologia não existe o marketing de falar: “olha um caso clinico, o antes e depois”, esse marketing de publicação,quando tem em outras profissões, como na nutrição, mas isso não desmerece, a forma de aprender a divulgar o trabalho é enxergar quem realmente é, e ela percebeu isso com o tempo.

No início de tudo, quando foi prestar o vestibular tinha uma certeza pautada na insegurança, se seria mesmo isso que faria para sempre, não queria decepcionar os pais que iriam investir no conhecimento dela, não queria começar um curso sem ter certeza do que queria e se dividia em arquitetura e psicologia, ainda chegou a prestar vestibular para os dois cursos e passou nos dois, precisando pensar bastante para se decidir e foi para psicologia. É o tipo de pessoa que a vida inteira cuidou, sempre cuidou, a madrinha dela de batismo filmava os aniversários dela, e amava assistir, tem uma memória afetiva sobre isso muito grande, ainda hoje tem essas gravações, e podia ver como se comportava quando criança e adolescente, e se via como mediadora de conflitos, sempre estava no meio, nunca estava envolvida no BO, estava sempre mediando, as amiguinhas traziam coisas para ela mediar, e passou muito tempo assim, e se percebeu que é uma pessoa que escuta, e hoje é muito difícil encontrar alguém que escute, todos querem falar, e para psicologia a maior ferramenta que um psicólogo pode ter é a escuta. Depois da faculdade veio a escuta terapêutica, que é totalmente diferente da escuta leiga, que é só ouvir e falar a partir daquilo que eu acredito, eu acho. Se formou na PUC de Minas, em 2014, fez em Arcos.

Começou os estágios muito cedo, a partir do terceiro período, por isso fez muitos estágios, para além dos estágios obrigatórios da faculdade, e que era permitido, apesar de amar a faculdade em todos os sentidos, por ter agregado muito na sua formação, dando muitas oportunidades de estágios em diversas áreas. E durante todo o processo da faculdade sempre procurando se encontrar em busca incessante, procurando saber do que gosta, se era na educação, saúde, clínica, assistência social. Precisava passar por tudo, tentar buscar tudo, então foi fazendo um pouco de tudo. No final da graduação, percebeu e entendeu que queria se especializar na Terapia Cognitiva Comportamental, ela é desse concretismo e queria levar isso para os pacientes também, para que eles conseguissem enxergar e poder usar várias técnicas dentro da cognitivo, como a psicoeducação, quando a pessoa entende perfeitamente o que ela vivencia, em uma questão cognitiva, no comportamento, porque tudo que fazemos é comportamento, ela se conhece muito mais e vai mudando por consequência, e a evolução é mais rápida, e por diversas fatores buscou pela Cognitivo Comportamental, e foi a melhor escolha que fez na vida certeira. Depois da faculdade foi para clínica, em 2015 abriu o primeiro consultório, e resolveu dividir com uma colega, para dividir as despesas e fazerem os investimentos. Logo depois recebeu uma proposta de trabalho, para coordenar o Centro de Referência em Assistência Social no município, no bairro São José, que foi um dos lugares que ela prestou estágio, viu que era um resultado de tanto esforço de faculdade, de tantos perrengues que passou, dos ônibus, noites sem dormir, que todo estudante de faculdade passa. Estagiava o dia inteiro, saia de casa as 7h da manhã, com todos os adereços que iria precisar durante o dia, ia para o estágio e de lá ia para faculdade. Então receber esse primeiro reconhecimento foi fundamental para entender que estava no caminho certo, que tinha feito algo importante, caso contrário não teriam chamado para coordenar um centro de referência, e foi onde iniciou. O serviço público traz uma riqueza muito grande, porque se aprende de tudo, se lida com tudo. Coordenando o CRAS, foi chamada para atuar como psicóloga clínica em um centro estadual de saúde que é a Fundação de Saúde, e aceitou. No início foi muito importante esses trabalhos porque ajudaram a ter um ganho financeiro, pois ninguém vive só d amor a profissão, então ajudou a ter uma segurança, para que insistisse na clínica, pois percebeu que muitos colegas que haviam se formado com ela, fecharam logo suas clinicas, porque é preciso um apoio financeiro, é demorado a chegada dos pacientes.

 

Os empregos dela ajudaram a se estruturar na clínica, tudo que recebia investia na clínica, era para pagar as contas, costumava falar que pagava para trabalhar, mas é imensamente agradecida a essas oportunidades, pois talvez tivesse desistido. É uma pessoa de extrema fé, e ver tudo como um propósito de Deus, ela entrega realmente a sua vida nas mãos de Deus, e foi isso que foi sustendo-a, e aos poucos os pacientes foram chegando, por indicação de pacientes, e é esse o marketing do psicólogo, é o resultado de uma terapia bem feita de um paciente que ela atendeu. Com o tempo as coisas foram melhorando, saiu dos dois trabalhos e ficou somente na clínica, mas ainda tinha insegurança, se era mesmo isso que ela queria, pois ainda não estava com a agenda lotada, como a que tem hoje, e pensava o que precisava fazer para encher sua agenda de pacientes, e começou a se especializar, ficava no consultório estudando, pesquisou e se orientou procurando em que queria se especializar, pois a profissão é muita ampla, e viu que área do atendimento as crianças especiais é muito pequeno perto do que precisa ser, diante de tantas demandas, então acabou optando pelo atendimento a pessoas com necessidades especiais, depois da especialização, procurou fazer alguns cursos. Sua monografia foi sobre crianças autistas, a partir dessa pesquisa de campo percebeu que não tinha profissionais capacitados que buscassem entender e trabalhar com crianças com o transtorno do espectro autista, todos conhecia sobre o autismo, mas era tão leigo e pobre as informações que eram colhidas, muito raso, e existo um público gritando pedindo socorro, e não tem profissionais que queiram se especializar, por ser muito difícil. A partir disso buscou mais uma especialização, com duração de três anos, que foi a intervenção ABA, que é análise aplicada do comportamento, e foi trabalhar especialmente com crianças autistas ou deficientes intelectuais, e fez mais diversos cursos, como assistência terapêutica, entre outros. E literalmente se encontrou como uma profissional mais humana e empática, que além de atender o que ama de paixão que são os adultos e adolescentes, tanto que não consegue abrir mão desses atendimentos, para focar no nicho do autismo, porque é uma coisa que gosta de fazer, é a sua zona de conforto, seu aconchego. Com os atendimentos aos autistas, pode conhecer a realidade dessas crianças, suas famílias, das escolas e dos profissionais, e pensava que precisava fazer a mudança na vida dessas crianças, é um trabalho árduo de todos os dias, precisa gostar muito. E a partir do ano passado começou a ver os resultados.

É natural de Santo Antônio do Monte, a família é de origem italiana, o avô veio da Itália com a família para construir sua vida na cidade. Sua mãe se chama Valéria, é confeiteira, ama o que faz, já vivi da confeitaria há anos; e o pai se chama Ângelo César, é empresário, dono de uma gráfica; tem uma irmã, mais nova, a Bruna, está cursando medicina em Barbacena, é uma luta muito grande que ela conseguiu conquistar, e todos se juntaram ao sonho, porque ela tem se sentido realizada. Acredita que a essência de tudo que é, foram os pais que ensinaram, principalmente a humildade, o caráter, o respeito pelo outro, a saber o seu lugar, a não humilhar ninguém, não pisar em cima de ninguém, sem ser grosseiro com ninguém, e ser simples,  se vê como uma pessoa simples, e vem aprendendo todos os dias, para ser uma profissional e pessoa melhor. Casada com o Douglas, já estão juntos a 11 anos, namoraram por 10 anos, conheceu ele quando estava no segundo ano da faculdade, inclusive ele havia trancado o curso de farmácia, ela sempre incentivava e insistia para que voltasse e finalizasse o curso, uma profissão tão bonita, falta pouco; até que ele resolveu voltar e finalizou o curso. Apesar de serem muito diferentes um do outro, são o oposto, mas dão muito certo, se dão muito bem, ela é muito metódica, organizada, muito séria e ele é o inverso disso tudo.

Ficaram noivos um ano antes dele inaugurar a farmácia, a intenção era de ficarem um ano de noivado, porém veio a farmácia, e deram uma pausa nessa organização e foram esperar, abriram mão financeiramente do que tinham para abrir a farmácia dele, e esperaram mais um ano, ou seja, dois anos de noivado e se casaram em 20 de novembro do ano passado, uma cerimônia maravilhosa, tudo que sonhou.

Eles tem famílias enormes, os dois, e tem muitos amigos, por isso optou por uma cerimônia íntima de 200 pessoas, para a quantidade de pessoas que eles conhecem, isso é muito íntimo, e foi muito difícil o processo de fazer as escolhas, sabiam que no fundo algumas pessoas não entenderiam, mas não se arrependeram em momento algum. Ela havia ouvido uma palestra de um padre que falou assim: “casamento significa casa, se você convida 700 ou 800 pessoas para o seu casamento, você espera receber as 700 pessoas na sua casa após o seu casamento? Então convide quem realmente faz parte da sua vida, que vão estar na sua casa, que vão te ajudar no momento de tribulação”, e isso fez todo sentido para optarem por selecionar os convidados. Tem uma cachorrinha, a Maia, ela veio na semana do casamento deles, escolheram ela e foram buscar em Belo Horizonte, é a alegria da casa, a melhor coisa do mundo chegar em casa depois de um dia cansativo de trabalho e ser recebida com festa.

A viagem inesquecível que fez foi no noivado, quando o Douglas a pediu em casamento, foi uma surpresa, em Campos do Jordão, que ela ama viajar para lugares frios, sempre viaja para lugares frios, como Tiradentes, Ouro Preto, Monte Verde, e estão planejando uma viagem para Buenos Aires, na Argentina, é algo que o casal curte fazer, desde o início do relacionamento, é o momento de curtir um ao outro.

A mensagem que deixa para os jovens que estão entrando no mercado de trabalho é “algo que sempre falo é tentar, um dia todas as pessoas que estão aqui já foram tentantes, eu estou aqui hoje porque eu tentei, me inspirava nas pessoas que estavam com a agenda cheia, que conquistavam o mercado de trabalho, que captavam pacientes sem precisar, só trabalhando e construindo no dia a dia. Então é só não desistir, todo mundo que já conquistou alguma coisa na vida é porque tentou.”

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Consultor de Marketing digital. Design gráfico.