Welliton Aparecido Morato (Etinho), empresário, dono da Granja Agrowam. É natural de Santo Antônio do Monte. Filho de Geraldo Moura Morato e Elzita da Silva Morato. Tem apenas um irmão, o Wilian.

Seu pai foi um dos pioneiros e a maior referência no seguimento de granja da cidade, ele já tem uns 50 anos na atividade de avicultura. Iniciando junto com ele, o sr. José Baeta e o sr. Tunico Baeta.

Casado com Daniela Aparecida Costa Morato, que é contadora, e trabalha na sua empresa, Contabilize Assessoria Contábil. Ela também ajuda na contabilidade da granja. Eles tem dois filhos, o Guilherme com 13 anos e o Henrique com 6 anos, Etinho também é pai do Geraldo Neto, com 25 anos, que trabalha com avô cuidando do gado e das fazendas, o que tem sido uma bênção, pois ele faz o que gosta e ajuda muito o avô.

É muito apaixonado pela esposa, e tem uma relação muito boa com ela. Afirma que seus filhos são maravilhosos. Tem muitos amigos, pessoas boas que estão ao seu lado. Ama a cidade, que é um lugar muito bom de se viver, com pessoas carismáticas. Mora próximo a cidades evoluídas, de fácil acesso e ao mesmo tempo não vive no tumulto da cidade grande. Pensa ter tudo que precisa ao seu alcance.

Teve uma infância muito tranquila, nasceu e foi criado na casa que até hoje os seus pais ainda moram. Sempre estudou em samonte mesmo, onde concluiu o segundo grau. Aos 18 anos chegou a ir para Belo Horizonte para estudar, porém após umas 3 semanas de estadia na cidade resolveu que não queria cursar a faculdade. Não teve nenhum problema familiar por causa disso, seu pai que foi buscá-lo.

Quando retornou a Santo Antônio do Monte foi trabalhar, começando nas fábricas de fogos de artifícios, na parte comercial, como vendedor na Fogos São Geraldo, que era do seu pai. Foi para São Paulo para vender fogos de artifícios, e trabalhou por muitos anos nesse ramo.

Em 2006, houve um desentendimento familiar, com o irmão e parou de trabalhar com os fogos, acabou migrando para a avicultura. Alugou uma granja que o pai tinha e não estava sendo utilizada, onde hoje funciona a Agrowam.

Se sentiu perdido no início, pois já trabalhava com os fogos há muito tempo, sua clientela virou amigos, tinha o ramo de fogos como algo muito precioso. Já a avicultura era novidade para ele, diz que caiu de paraquedas nesse seguimento, entretanto foi se dedicando cada vez mais.

Posteriormente percebeu que a granja o acolheu e o abraçou. Com isso entendeu a frase que diz “o bom filho a casa retorna”, porque o pai sempre teve granja e ele nunca havia se envolvido com esse ramo, apesar de saber que financeiramente, sua criação veio através do que seu pai ganhava com a granja, que superava até mesmo sua fábrica de fogos.

Em 2009, voltou a trabalhar com os fogos, paralelamente com a granja. Com felicidade e alegria se juntou novamente em sociedade com o irmão, e ficaram juntos até 2017. Nesse ano houve uma crise muito grande no seguimento dos fogos, então ele e o irmão decidiram parar com a fábrica.

Nessa época, como havia dado continuidade com a granja, se dedicou em tempo integral. Resolveu fazer mudanças, automatizando para modernizar, e ela cresceu, assim como a granja do pai também cresceu, deixando-o feliz, porque foi com o incentivo dele. Hoje sua empresa vende até para outros estados como São Paulo e outras cidades, em toda região ao redor, e tem uma procura grande também das pessoas da própria cidade.

Agora tem outra empresa em conjunto com o irmão, no seguimento financeiro, de antecipação de recebíveis, na cidade de Santo Antônio do Monte e em algumas localidades vizinhas, como em Lagoa da Prata e Nova Serrana, tendo ainda dois parceiros, um em Arcos e outro em Formiga.

O maior desafio que enfrentou na Agrowam foi na parte comercial, a concorrência é árdua, do Brasil inteiro. Hoje já está mais tranquilo, porque conhecem a marca e a qualidade dos produtos dele, por oferecer ovos frescos. Sua granja faz o carregamento 3 vezes na semana, com isso ajudou a ter mais procura.

Acredita que o maior tesouro de uma empresa é a equipe. A empresa cresce e se desenvolve quando existe uma equipe que queira ajudar, sem isso não se consegue crescer. Ele declara ter uma equipe excelente, sabendo que isso faz a diferença nos negócios, pois são pessoas dedicadas.

Considera os funcionários, como uma grande família, sendo que aproximadamente 70% deles estão trabalhando na empresa desde quando iniciou, em 2006, alguns até mesmo desde a fábrica de fogos, tem funcionário que está com ele há uns 25 anos. É muito agradecido por empenho e dedicação de cada um.

Passaram por crises violentas, ano passado (2021) foi um caos, muito doloroso e cruel. Os insumos subiram absurdamente, dificultando no repasse ao consumidor, mas superaram essa dificuldade e continuaram. Nesse ano teve uma colheita farta e melhorou muito, os insumos estabilizaram.

A Agrovan não tem distribuição, vende na própria granja, eles têm os oveiros, que compram os ovos lá e saem distribuindo. E tem os parceiros que abastecem seus caminhões e também distribuem. Pensa ser essa a melhor forma de se trabalhar, visto que diminui as despesas e o trabalho, finda se preocupando menos. Talvez a rentabilidade seja menor também, mas sente ser melhor assim, cada pessoa precisa fazer e ganhar sua parte, com isso todos ganham.

A mensagem que deixa aos jovens que estão iniciando suas carreiras é para trabalharem, serem honestos, tenham sempre orgulho de quem você é, nunca se diminua. Não se envolver com drogas, porque é um caminho sem volta e prejudica e sofre a própria pessoa como a toda família e quem está ao redor. “É muito importante ter ambição e não ganância, visto que a ganância destrói e mata. Já a ambição ajuda a impulsionar o ser humano nas suas conquistas.” Ouviu essa frase em uma palestra de Mario Sergio Portela, e guardou como algo muito valioso.