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O BRASIL DESPERTOU PARA O EMPREGO VERDE

O BRASIL ESTÁ PRESTES A SER PARTE DOS PAÍSES VISIONÁRIOS QUE DESPERTARAM PARA O EMPREGO VERDE.
ESTA SEMANA A CÂMARA DE DEPUTADOS VAI VOTAR EM PLENÁRIO O PL5829/2019, A LEI DA ENERGIA SOLAR DISTRIBUÍDA.

A nível mundial os governos e a iniciativa privada enfrentam o desafio de criar postos de trabalho de forma sustentável e crescente, em um mundo cada vez mais globalizado, tecnológico e competitivo.
A produção em grande escala está instalada na China, quem lidera o ranking de exportações, segundo a OECD, e muitos países como Índia e Estados Unidos lideram a prestação de serviços em tecnologia e internet; outros países lideram o comercio e produção de produtos e serviços de valor agregado e no Brasil somos conhecidos pelas commodities, tais como o agro e o minério de ferro, que superou em 2021 os US$200 por Tonelada.
A partir do choque econômico da crise financeira de 2008 e as restrições ao crescimento econômico consequência da atual crise sanitária do Covid-19, temos um cenário complexo e a dificuldade de criar vetores econômicos de desenvolvimento sustentável; e quando indicado o conceito de “ser sustentável”, trata-se do poder de criar iniciativas privadas ou públicas que fiquem em pé por décadas com saúde financeira, ações que não destruam o meio ambiente ou os recursos naturais não renováveis, e que causem um amplo impacto positivo na vida das pessoas e na sociedade em geral.

Ao indicar impactos positivos na vida das pessoas, entenda-se, ações que sejam multiplicadoras e inclusivas na sociedade moderna; sociedade que é hoje, muito mais criteriosa e atenta aos seus hábitos e consumos; segundo dados da Fecomercio – SP nesta época de pandemia houve redução de 80% poder aquisitivo das famílias, conforme projetado pelo FMI em 2021 o desemprego vai atingir 14,5% da população brasileira e a retomada não será fácil para setores altamente produtivos como o dos Eventos, que teve redução de 98%, segundo dados do Sebrae.
Então, como os governos, empresas e pessoas vão ajudar a suas cidades a crescer sustentavelmente, perante a situação atual tão incompreensível, frágil, aleatória e angustiante?

Acontece que é nesses momentos de profunda crise que faz mais sentido procurar soluções para as necessidades básicas que atingem a todas as classes sociais e que são essenciais para a vida, uma dessas atividades imprescindíveis e que vai ser o centro da minha coluna nesta revista, é a geração de energia elétrica em pequena escala de fontes renováveis.
É muito provável que muitas pessoas que nos leem estejam mais habituadas a ver suas residências e lares apenas como “consumidores de energia”, atentos aos aumentos da conta de Luz, ou á falta de energia quando há um sinistro ou até já aprendeu na escola que o Brasil tem as maiores hidrelétricas, como Belo Monte ou Itaipú, a depender da idade escolar.

Acontece que com o desenvolvimento e a inovação de novas tecnologias de produção, criaram-se novas alternativas de geração de energia elétrica limpa de fontes renováveis em pequena escala; destaca-se neste grupo a Geração Solar Fotovoltaica, a qual usa transforma a radiação do sol em eletricidade, e que podemos usar em nossas residências, comércios e indústrias das cidades.
O diferencial da produção de energia através do Sol, Energia Solar Fotovoltaica, é sua característica altamente modular, isso significa que qualquer pessoa ou organização pode produzir sua própria energia, no seu telhado, quintal, fachada em áreas rurais ou até em reservatórios (lagoas).

Por tanto, a energia solar é uma tecnologia altamente disruptiva, similar ao UBER, onde o consumidor é empoderado a participar do setor elétrico, não apenas como simples consumidor, senão também como produtor da própria energia mais barata e cujo excedente de produção fica á disposição imediatamente para o uso pelos seus vizinhos.

O maior vetor de desenvolvimento em benefício da sociedade com a popularização da produção própria de energia, é a ampla criação de empregos qualificados, segundo dados do site da Aneel, a Energia Solar já está presente em mais de 95% dos municípios brasileiros e segundo as projeções das Associações do setor FV, tem o potencial de criar mais de 1 milhão de empregos até 2050.
São esses “empregos verdes” que o governo precisa impulsionar com a aplicação correta de políticas públicas, gerando economia direta no bolso do consumidor, do estado e dos pequenos e médios empreendedores; cabe a Câmara legislar sobre esse tipo de medidas para que toda a sociedade tenha o direito de produzir a sua própria energia mais barata, limpa e renovável.

É por isso que a sociedade em geral precisa prestar atenção na votação nos próximos dias, do projeto mais revolucionário do setor elétrico brasileiro, o PL5829/2019, através do qual inicia-se a quebra do monopólio/oligopólio sobre a produção de energia no Brasil, abrindo a oportunidade a que milhares de empresas possam participar desse setor, para trazer em cada município opções mais competitivas, de geração de energia elétrica de fontes limpas mais próximas e acessíveis ao consumidor.

Saiba mais no site: www.movimentosolarlivre.com.br
Autora:
Eng. Anaibel Novas, Especialista em Energias Renováveis.
OECD: Organização para o Desenvolvimento e a Cooperação Económica.
Fecomercio – SP: Federação do Comercio, Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo.
FMI: Fundo Monetário Internacional.
Sebrae: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
FV: Fotovoltaica.

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Anaibel Novas

Anaibel Novas

Formada em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Instituição de Ensino MBA-FGV.
CEO da DATA ENERGY.
VP do Movimento Solar Livre.
Engenheira Industrial com Especialização em Energias Renováveis.