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Guilherme Santos, Jornalista e Escritor

Guilherme Santos, jornalista, iniciou o curso na PUC de Minas, mas concluiu na UNIBH, em 2010. A escolha pela profissão foi relacionada a aptidão e por gostar de contar e escrever histórias. Fez especialização em gestão pública na Fundação Getúlio Vargas. Não chegou a exercer o jornalismo propriamente dito. No campo da comunicação trabalhou como assessor de imprensa, até descobrir a vocação também para política.

É natural de Santo Antônio do Monte, nasceu e viveu a maior parte de sua vida na cidade, porém houve o momento residir em outra cidade, por causa da trajetória profissional, mas não perde o laço com o município, ama as pessoas e tem uma história com o lugar, tendo familiares que continuam morando no local.

Vem de uma família simples e tradicional. Seu pai é conhecido como o Ocimar da farmácia, já atua no ramo a vida toda. Sua mãe é a Sarita, funcionária aposentada da Caixa Econômica Federal. O avô materno é Geraldinho, que por muitos anos foi tabelião, assinou a certidão de nascimento e casamento de muitas pessoas da cidade. Só tem um irmão, o Gustavo, ele é cinco anos mais novo, hoje atua no ramo de energia solar. Guilherme é casado com a Bárbara, de Belo Horizonte e tem uma enteada, a Clara de 9 anos.

A maçonaria já é uma tradição na família, e vem se intensificando. Desde criança ia para as festas na instituição, via os homens de terno e despertava a curiosidade e aos 14 anos através do pai foi convidado para entrar na Ordem DeMolay, que é uma instituição patrocinada pela maçonaria, de origem americana e já completou 100 anos em 2019, tendo o foco em formar líderes e melhores cidadãos na faixa etária de 12 a 21anos.

Essa instituição foi muito importante em sua vida, é um espaço de fraternidade, os membros se chamam de irmãos, mas acima de tudo ela tem uma pedagogia rica de formação de caráter muito forte, proporcionou situações de aprendizado, fazendo-o exercitar tarefas importantes, mesmo com tão pouca idade, desde questões administrativas, como gerenciar uma organização, fazer uma ata, lidar com finanças, liderar grupo e até questões relacionada a desenvoltura.

Ele era uma criança extremamente tímida, lá teve a chance de descobrir que mesmo tímido pode ser um bom orador, pois não se deixa de ser tímido, apenas descobre ferramentas que ajudam a enfrentar as situações, hoje consegue e já teve oportunidade de falar para milhares de pessoas sem receio ou algum tipo de trava que seguramente teria se não fosse essa experiência na vida dele.

Mergulhou na instituição Ordem DeMolay, organização que ingressou, não apenas em Santo Antônio do Monte, mas na região, ocupou cargos de liderança, para além da cidade. Foi mestre conselheiro da unidade, da região centro oeste de Minas, estadual de Minas Gerais e por fim nacional. Foi o líder dos DeMolays do Brasil, administrando ainda com 20 anos de idade, viajou conhecendo praticamente todos os estados brasileiros, ampliando seus horizontes.

Como adulto, após os 21 anos, continuou acompanhando, e foi o responsável legal pela instituição que tem mais de 100 mil membros no Brasil, ela está espalhada em mais de mil unidades no país. Como líder administrou orçamento de milhões, foi uma experiência de liderar uma organização grande que faz um trabalho muito importante de forma diferenciada, e acima de tudo voltado para a formação do caráter de liderança entre os jovens.

Já vai fazer 13 anos de maçonaria, com uma história muito positiva. Acredita muito nessa instituição, o foco dela é sempre promover o bem, são instituições voltadas para auxiliar a comunidade, ela é discreta para manter uma tradição, voltada para a formação moral do homem, que existe de forma organizada há pelo menos uns 300 anos e no Brasil há mais de 200 anos. Tem muito orgulho de fazer parte, visivelmente contribui para formação espiritual, moral, intelectual, proporciona um convívio sadio, pessoas que querem fazer a diferença na comunidade, apoia causas sociais, é filantrópica por natureza.

Seu primeiro emprego foi como office boy no cartório de registro civil, e um dos passatempos favoritos era pegar livros antigos de 100 anos para tentar identificar linhagens das pessoas, sempre gostou muito de história, e via que a história da família dele se cruzava com a história da cidade. Foi uma experiência muito importante na sua vida, a de compreender a dimensão da vida das pessoas, quando via no cartório as certidões de nascimento, casamento e até a de óbito. É da personalidade dele, procurar ver as coisas para além dos olhos.

Lançou o primeiro livro em 2010 em que conta a história do fundador da Ordem DeMolay no Brasil, o Alberto Mansur, que foi um grande maçom e amigo seu, com o título de “Minha família maçonaria”, bancado e vendido única e exclusivamente pela organização. Cedeu os direitos autorais de comercialização, e se trata de um livro de construção biográfica e histórica.

Contudo sempre teve o desejo de ser autor de ficção, romance, queria produzir um conteúdo que muitas pessoas gostassem, então seu projeto literário, pessoal e comercial começou em 2018, com o título de “A morte do filho do rei”, um livro robusto de 360 páginas, é uma prosa longa, e foi um desafio escrevê-lo, combinou a habilidade literário com o conhecimento sobre política.

O livro conta a história de um senador da república, que é o presidenciável favorito de um Brasil hipotético, ele é visto como uma pessoa incorruptível, um grande líder de moral indiscutível, e depois acontece uma situação que traz dúvidas sobre a sua moral, mostrando outro lado dele e a história tem uma reviravolta. Gostou muito de escrever, uma experiência muito boa, teve um sucesso positivo, que levou ao convite de ser um autor contratado por uma editora. Ele tem interesse em fazer dessa história uma trilogia.

Agora lançou o segundo livro com o título “O Coração do Imperador”, se apressou em terminar pois queria lançá-lo a tempo da comemoração dos 200 anos do Brasil. Lançado pela editora Gulliver, que é de Divinópolis, tem publicações da escritora Adélia Prado e outros grandes autores, gosta de valorizar os empreendimentos da região.

Sobre a assessoria com o deputado estadual Domingos Sávio, já o conhecia e tinha convivido anteriormente, por ele ser maçom, tanto através de seu pai como também teve contato com ele em seu percurso dentro da maçonaria, na Ordem DeMolay. Soube através de uma conterrânea que o deputado estava procurando um estagiário de jornalismo. Por sempre ter gostado de acompanhar a política, resolveu ir para a entrevista, mesmo que antes nunca houvesse pensado em participar do processo político.

A primeira vez que pisou na assembleia foi para tomar posse como estagiário de jornalismo. Tem sido uma experiência muito positiva, ver a política por dentro. Mais ou menos uns 6 meses depois de ter assumido o cargo, o jornalista principal deixou a função e o sr. Domingos fez o convite para ele assumir, pois falou que gostava do trabalho dele.

Ele aceitou, mesmo não tendo a formação completa ou talvez a experiência necessária, mas se tornou o assessor de impressa do sr. Domingos Sávio, com 19 anos. Em 2010 participou do processo eleitoral do deputado que foi eleito pela primeira vez para congresso nacional no cargo de deputado federal e novamente o convidou para assumir o cargo de assessor em Brasília e ele o acompanhou, permanecendo lá por 2 anos.

Depois da especialização, foi descobrindo interesses para além do jornalismo, e o deputado o convidou para voltar para Belo Horizonte para ficar no escritório de representação do estado, sendo responsável por atender os prefeitos, vereadores, fazer o relacionamento com a comunidade, com o governo do estado. Foi aprendendo muito durante esses anos.

Depois Sr. Domingos foi escolhido para ser o presidente do partido PSDB de Minas Gerais, na época, e mais uma vez o convidou para ser o secretário executivo, aquele que conduz o partido na ausência do presidente, estando ele com 27 anos. Saiu do Congresso e foi contratado pelo PSDB, ficou lá por 4 anos.

Quando terminou o mandato do sr. Domingos, voltou com ele para ser chefe de gabinete e ficou até 1 mês atrás, quando chegou à conclusão que era o momento de pleitear o espaço que havia se preparado. E já são 16 anos nesse percurso. Agora está no partido Democracia Cristã (DC), por perceber ser mais viável para ele, aumentando suas chances de ser eleito.

Tem bastante resistência a deputado de bandeira, por ter pessoas que querem ser eleitos pura e simplesmente pela bandeira, e acredita que não se pode perder de vista que um deputado vai legislar sobre várias áreas, como a saúde, educação, segurança pública, emprego, e precisa estar capacitado para falar sobre tudo isso, naturalmente pode ter focos, e ele tem alguns.

Um dos focos é sobre a educação que infelizmente é marginalizada nos investimentos públicos, não só no ponto de vista salarial, mas também estrutural, enquanto não se fizer investimentos substanciais na educação não vamos conseguir construir as pontes que o país precisa para um eleitorado mais crítico, para mudar um pouco essa questão de vocação produtiva.

Na educação o ponto central é na atividade literária, da leitura como porta de alfabetização, os brasileiros já pouco leem, se as crianças tiverem dificuldades de ler até por não ter o hábito, a leitura não ser estimulada pelo poder público de forma adequada, afetará o futuro do país, é uma questão de visão.

Pretende construir uma plataforma, de propostas vinculadas ao estímulo da leitura, a estruturação das bibliotecas públicas, muitos lugares não as tem, torna-las ambientes mais acessíveis, interessantes para as crianças de hoje, estruturar plataformas de bibliotecas virtuais, fazer o que for preciso para não privar as pessoas desse hábito de ler que já é pouco visado nosso país.

No campo da saúde lhe inquieta a área da saúde mental, não vê ninguém se preocupar adequadamente, e hoje talvez seja a pandemia do nosso século. Os níveis de depressão e ansiedade que podem acabar levando ao suicídio, os outros transtornos que existem, não são muitas vezes conhecidos pelas pessoas, o poder público não vem realmente investindo de forma como deveria.

Pretende defender essa pauta e isso exige coragem, porque as pessoas têm medo de enfrentar, mas é essencial e pretende fazer um trabalho muito focado nisso. Tem contatos na associação brasileira de psiquiatria, dentro da maçonaria coordenou um curso nacional de formação de conselheiros em saúde mental, voltada para leigos, para difundir esse conhecimento. Quer construir uma plataforma para melhorar o acesso das pessoas a saúde mental, que é um direito delas constitucional.

Quer defender outras questões como mais equilíbrio e desenvolvimento econômico no meio ambiente. Se preocupa com questões da região centro oeste de Minas, para desenvolvê-la, principalmente voltado para a tecnologia e inovação, que está bem localizada geograficamente, as cidades conectadas entre si, vendo a vocação de cada cidade, melhorar a estrutura energética que é precária, colocar o eixo minas em outro patamar, estradas mais desenvolvidas, entre outras. Se preparou muito para isso.

Na culinária se arrisca a cozinhar, é algo recente, há uns 5 anos, virou um hobby, mas gosta de fazer com calma, no tempo dele, cozinha geralmente aos domingos, faz pratos variados, receitas de internet, e quanto mais demorado for o preparo do prato, para ele é melhor, mas ultimamente não tem conseguido por falta de tempo.

Viagem inesquecível ele fez quando foi para Paris na sua lua de mel, no ano passado. Foi especial tanto pelo charme da cidade, como também pelo exemplo de gestão pública. Na verdade, as cidades europeias são exemplares, pelo aspecto da história da cidade, contada em cada esquina. Foi muito divertido, era um sonho em comum do casal.

Mensagem que deixa aos jovens que estão ingressando no mercado de trabalho é a importância de buscarem se conectar com a sua vocação, pois é essencial em tudo que forem fazer. Não fazer determinado curso por ser famoso, ou pela remuneração, ou ainda pela vontade dos pais. Se não tiver vocação para fazer aquilo, terá mais dificuldade de alcançar o sucesso, mesmo que chegue, talvez não seja feliz, ou não fará bem aquilo que se presta a fazer. É tentar fazer sempre o melhor, conectado com aquilo que é a vocação, quem faz aquilo que é vocacional pode ter dificuldades, mas vai fazer com mais felicidade e tende a ser mais bem-sucedido, por isso, não perca de vista quem você é.

 

 

 

 

 

 

 

 

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Mônica Garcia

A revista Official Chic foi idealizada por sua proprietária, a Jornalista Mônica Garcia, para ser um veículo atemporal que dissemina a arte, a cultura, o empreendedorismo e com holofotes em empresas que se destacam em seus segmentos e nos profissionais que atuam de forma inovadora e diferenciada dentro das suas especialidades.
É também uma passarela artístico-cultural onde o poder da criação tem liberdade para apresentar todas as suas nuances.

As causas sociais e filantrópicas também são prioridade da idealizadora desta revista, sobretudo o autismo, que se tornou uma luta de causa e de vida!